
Na região de Viseu pode visitar, ainda antes do Inverno entrar, os jardins históricos do Palácio dos Condes de Anadia. Aqui, o jardim encontra-se disperso e afastado da casa, comum na região do Dão, onde os jardins muitas vezes localizam-se junto de fontes e nascentes, ligando-se à casa por alamedas e carreiras de buxo, proporcionando um espaço de passeio e de percurso recreativo. Este espaço é valorizado por alguns elementos que
lhe são introduzidos: quer elementos construídos como por exemplo o pombal ou as fontes com os seus lagos, quer elementos vegetais como por exemplo as sebes de buxo. Enquadrado num esquema de jardim produtivo, a vinha é trabalhada no Palácio Anadia desde o século XVIII, como se pode ver nos azulejos que existem no edifício principal. A área de vinha conta cerca de 10 ha e inclui ainda algumas videiras centenárias, estando localizada a 500 metros de altitude. Na vinha podem encontrar castas de branco que melhor se adaptam à região: Encruzado, Uva Cão e Gouveio; e também as tintas mais importantes da região: Touriga Nacional, Alfrocheiro e Jaen. A vinha foi segmentada, plantada em talhões por castas para selecionar o que pretende, num processo de reinterpretação de castas em que se aposta forte num branco de Touriga Nacional, um pouco diferente, mais irreverente, a partir de uma casta tradicional.
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A “Touriga reinterpretada” é o título de uma reportagem sobre o vinho Conde de Anadia,
publicada na Revista de Vinhos, na sua edição de novembro de 2020.
A mais prestigiada revista de vinhos em Portugal, dedica neste número e no âmbito de uma
atenção espacial ao Dão, a sua atenção ao vinho Conde de Anadia, produzido no Palácio dos
Conde de Anadia em Mangualde.
Um pouco diferente, mais irreverente e a partir de uma casta tradicional são os traços de
identidade deste Blanc de Noirs, que pode conhecer e provar no Palácio dos Condes de Anadia.
Descarregue a reportagem aqui.
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Camellia L. é um género de plantas da família Theaceae que produz as flores conhecidas como camélia, e, em algumas regiões de Portugal, japoneira. Esta espécie foi descrita pela primeira vez no século XVIII pelo naturalista sueco Carlos Lineu, na sua obra Species Plantarum (de 1753) que assim a designou em homenagem ao missionário jesuíta e botânico Jiří Josef Camel.
No inverno, época onde escasseiam todas as outras flores, a camélia embeleza os jardins nortenhos. A sua folhagem mantém-se verde durante todo o ano e produz flores vistosas, de incrível beleza, nas cores branca, rosa e vermelha, matizadas, ou raramente amarelas, algumas tão grandes quanto a palma da mão de uma pessoa adulta, outras tão pequenas quanto uma moeda.
As camélias chegaram do Oriente pela mão dos navegadores portugueses e desde os princípios do século XIX foram introduzidas nos jardins das mais importantes casas portuguesas, nas quais se inclui o Palácio dos Condes de Anadia, onde estão presentes nos Jardins.
Cantadas por poetas e escritores, mote de dramas intemporais, a camélia surpreende os mais exigentes apreciadores e é motivo de visita e de apreço.
Camelias in The Gardens of Palácio Anadia
Camellia L. is a genus of plants in the family Theaceae that produces flowers known as camellia, and, in some regions of Portugal, Japanese. This species was first described in the 18th century by the Swedish naturalist Carlos Lineu, in his work Species Plantarum (1753) who named it after the Jesuit and botanist missionary Jiří Josef Camel.
In Winter, when all other flowers are scarce, the camellia beautifies the northern gardens. Its foliage remains green throughout the year and produces showy flowers of incredible beauty, in white, pink and red, tinted, or rarely yellow, some as big as an adult’s palm and others as small as a coin.
Camellias arrived from the East by the hand of Portuguese navigators and since the beginning of the 19th century they were introduced in the gardens of the most important Portuguese houses, which include the Palace of the Counts of Anadia, where they are present in the Gardens.
Sung by poets and writers, the motto of timeless dramas, the camellia surprises the most demanding connoisseurs and is a reason for a visit and appreciation.
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Outrora conhecido como Azurara da Beira, Mangualde recebeu Foral em 1102, outorgado por D. Teresa e D. Henrique. A estabilização desta região, no âmbito do processo da Reconquista Cristã, permitiu uma concentração populacional com a maioria das aldeias e vilas estruturadas em torno das igrejas paroquiais, as terras. Neste contexto, organizam-se, em concelho, as Terras de Zurara e de Tavares – pequenos aglomerados populacionais com capacidade de autoadministração, baseada no compromisso entre a autonomia dos homens livres e a autoridade do rei ou senhor.
A família Paes do Amaral, tal como a família dos Cabrais, protagoniza a história da administração das Terras de Zurara. Ao longo de toda a Idade Média este território, embora mantendo a autonomia concedida pelo Foral, vive administrativamente sob o senhorialismo destas duas famílias. A partir do século XVI, os Paes do Amaral assumem a hegemonia no poder político e económico local e vão deixando a sua marca na paisagem.
Former known as Azurara da Beira, Mangualde received its charter in 1102, given by D. Teresa and D. Henrique. With this territory in peace, after the Christian reconquest, communities were able to settle themselves in villages around the old churches and took the name terras. These terras, like Azurara and Tavares were organized in counties – small communities with self-administration capacities that connected free men and the king or lord authority.
The Paes do Amaral family, as well as the Cabral family are the leading characters in the administrative history of the land. Throughout the Middle Ages, with its autonomy provided by the Charter, are administratively dominated by these families. In the XVIth century the Paes do Amaral family assume their political and economic leadership and leave its mark on the landscape.
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Em Mangualde, para além do património imóvel, destaca-se também o património imaterial, com a confeção do Bordado de Tibaldinho.
Tibaldinho é uma localidade da freguesia de Alcafache e o Bordado de Tibaldinho é um símbolo de identidade e orgulho da comunidade desta freguesia e de todo o concelho de Mangualde.
O Bordado de Tibaldinho é uma arte tradicional secular, elaborada artesanalmente, que se caracteriza por ser executado com linha de cor branca à cru, sobre pano 100% algodão, 100% linho ou meio linho igualmente nas mesmas cores. Este bordado é elaborado por mulheres desta freguesia que sabiamente foram preservando e transmitindo as técnicas e todo o saber-fazer de geração em geração, oralmente e mediante a prática, sempre fiéis à tradição.
De origem indeterminada, temos os exemplares mais antigos com 150 a 200 anos. Nos anos 20 do século passado era já designado como Bordado de Tibaldinho.
O bordar constitui um elemento essencial da vida cultural e económica das bordadeiras, confecionam durante todo o ano, nos dias de semana, fim de semana e aos serões, trabalham por conta própria, no seu lar ou juntando-se numa varanda ou escadaria nos dias solarengos.
Besides buildings cultural heritage, there is also intangible heritage to be seen in Mangualde, like the Tibaldinho embroidery.
Tibaldinho is a village in Alcafache and its embroidery is a symbol of pride and identity of this community and of all Mangualde.
The embroidery is a traditional secular art, handcrafted, executed with white threads on with cotton or linen cloth. Made by women that pass through generations this art with ist techniques and ways of making, keeping faithful to tradition.
With unknown origins, the embroidery is known for about 200 years. In the 1920’s was already called Bordado de Tibaldinho.
Embroidering is an essential everyday life economic and cultural element; the embroiders work all year long, in weekdays, on week ends and in the evenings, in their homes, coming together in balconies and outer spaces on sunny days.
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1925-2020
Foi um dos grandes impulsionadores do projeto de abertura ao público do Palácio dos Condes de Anadia em Mangualde, casa que sempre foi da sua predileção e que habitou durante longas temporadas.
Pela sua mão, foram realizadas as importantes campanhas de conservação e restauro que permitiram a salvaguarda deste importante conjunto, ao longo dos setenta anos em que foi seu proprietário. Juntamente com a Condessa d´ Anadia, acolheu a ideia da abertura ao público, daquela que era a sua casa, de uma forma entusiasta e interessada.
Manter o património e manter o palácio enquanto herança e testemunho da história da Família foram ideias que sempre acompanharam o Conde d’ Anadia, que, de uma forma inovadora as partilhou com um público alargado, e que hoje podem assim ser usufruídas.
Sucede-lhe o seu filho, Miguel Maria de Sá Paes do Amaral, VIII Conde d’Anadia.