
O Palácio Anadia – Mangualde foi distinguido com o prémio “Travelers Choice 2021”, um galardão atribuído pelo TripAdvisor, considerada uma das mais plataformas mais usadas de turismo do mundo.
Esta distinção teve por base as opiniões que os viajantes de vários países deixaram nesta plataforma em 2020 e reconhece os estabelecimentos que receberam avaliações e classificações positivas, de forma consistente, ao longo do ano.
Com esta distinção, o Palácio Anadia- Mangualde passa a integrar um grupo restrito de atrações turísticas, onde figuram apenas 10% das empresas registadas no TripAdvisor em todo o mundo, cuja qualidade de serviço e oferta é manifestamente reconhecida pelos seus visitantes, destacando se assim dos seus pares. O Palácio Anadia- Mangualde, junta-se assim à Sé de Viseu e ao Museu Grão Vasco no reconhecimento dos visitantes.
“A atribuição desta distinção, num ano tão desafiante como foi 2020 é especialmente gratificante para toda a equipa do Palácio Anadia-Mangualde e reconhece o trabalho de aqui efetuado nos difíceis tempos de pandemia”, afirma Cláudia Paiva, Diretora de Negócio. “Num ano em que os monumentos históricos tiveram que encerrar por todo o país, sem possibilidade de contacto com o público, a equipa do Palácio encontrou formas para que este extraordinário local pudesse manter a sua relevância, e possa ser hoje usufruído em condições de segurança e bem-estar, como ofertas diferenciadas e integradas, numa verdadeira experiência cultural”, explica.
Em 2020 o Palácio Anadia – Mangualde, abriu os Jardins Históricos da propriedade para visitação, integrados na Rota dos Jardins Históricos do Dão, complementando a oferta da visita à Casa e promoveu também a experiência da vinha e dos vinhos aqui produzidos, com a criação de uma Sala de Provas nas antigas adegas do Palácio. As visitas, em formato individual ou pequenos grupos, procuraram modelos de segurança para os visitantes e tiveram em conta os visitantes nacionais, incentivando os programas em família, coma entrada gratuita para crianças até aos 12 anos.
Entre as várias curiosidades que tornam a visita ao Palácio Anadia inolvidável, estão a riqueza artística do Palácio, única nos seus painéis de azulejos ou nas suas coleções e que levam o visitante numa viagem pelo tempo e pelos costumes do século XVIII. Em complemento à visita à Casa e Jardins, o Palácio Anadia disponibiliza ainda provas de vinho, queijos e enchidos regionais e o acesso à loja, onde é possível encontrar os vinhos Conde de Anadia, entre outras propostas.
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José António de Sá Pereira e Menezes de Mello e Sottomayor foi o segundo Conde d’Anadia, tendo-lhe sido também concedido o título de 1.º Visconde de Alverca, por D. João VI em 1805.
Nasceu em 1731, filho de Manuel de Sá Pereira e D. Maria Plácido de Meneses. Era tio materno de João Rodrigues de Sá e Melo Menezes, 1º conde de Anadia.
Educado em Coimbra, perto dos 20 anos iniciou a sua carreira diplomática, primeiro como enviado extraordinário Ministro Plenipotenciário na Holanda em 1750, lugar ao qual voltaria em representação diplomática, já como Ministro Plenipotenciário, em 1762.
Em 1764 foi transferido como Ministro Plenipotenciário para a legação de Portugal em Nápoles. Aqui permaneceu por quarenta e quatro anos, excetuando uma interrupção entre 1772 e 1776 quando prestou serviço na Áustria. Em Nápoles casou com Maria Joana de Sá Menezes, em 2 de fevereiro de 1799. As suas três filhas nasceram em 1801, Maria Luísa de Sá Pereira de Menezes de Melo Sottomayor, terceira Condessa de Anadia, 1804, Maria José, e em 1808, Maria Joana.
Depois do seu regresso a Portugal, recebeu em dezembro de 1809, o título de segundo Conde de Anadia. Vem a falecer três anos depois, a 3 de março de 1813.
Sá Pereira passou em Nápoles muitos anos e a relação deste Ministro com a corte napolitana foi amistosa e pacífica. O português era várias vezes convidado, juntamente com os restantes ministros estrangeiros, para assistir ao jantar de S. Majestade Siciliana, assim como era convidado assíduo do governador, Marquês de Tanucci. Sob o seu Ministério, Portugal manteve muito boas com o reino das Duas Sicílias.
A sua longa estadia neste local permitiu ainda um contacto próximo com muitas figuras importantes da sociedade napolitana da época, uma das quais foi a luso descendente Leonor da Fonseca Pimentel, bibliotecária da Rainha Maria Carolina e apoiante das lutas que em Nápoles se faziam contra as invasões eclesiásticas.
Sá Pereira assistiu também a algumas das descobertas mais interessantes em Itália, como por exemplo as escavações arqueológicas das cidades romanas de Herculano e Pompeia, que Carlos III da Espanha, Rei das Duas Sicílias, patrocinava com enorme efusão.
As preferências de Sá Pereira em relação ao seu destino quando se ausentava de Nápoles, para descansar ou restabelecer de algum problema de saúde, recaíam quase sempre num local chamado Plano de Sorrento, uma pequena cidade costeira situada na zona sul do golfo de Nápoles.
O quadro da família de José Sá Pereira está patente na Sala de Baile do Palácio Anadia. Uma parte significativa da coleção do Palácio acredita-se ter sido trazida pelo 2º Conde de Anadia, ofertas feitas pela prestação de bons serviços.
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Primeiro Conde de Anadia (1755-1809)
Conde de Anadia é um título nobiliárquico criado por D. João, Príncipe Regente de D. Maria I de Portugal, por Decreto de 17 de dezembro de 1808, em favor de João Rodrigues de Sá e Melo Menezes Souto Maior, antes 1.º Visconde de Anadia.
O 1.º Conde d´Anadia nasceu em 11 de novembro de 1755, em Aveiro. Filho de Aires de Sá e Melo, diplomata, secretário de Estado adjunto do marquês de Pombal e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Casou-se com Maria Antónia de Carvalho Cortez de Vasconcelos, filha de Manuel António Cortez de Vasconcelos, fidalgo da Casa Real e senhor do Morgado de Santa Eufémia.
Foi ministro plenipotenciário em Berlim e sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa. Desempenhou em Portugal as funções de moço-fidalgo com exercício no Paço, fidalgo-escudeiro, senhor donatário da vila de Anadia, comendador de São Paulo de Maçãs, alcaide-mor de Campo Maior e membro do Conselho da Fazenda. Em 1801 é nomeado para o cargo de Ministro da Marinha e do Ultramar:
“Tendo consideração ás qualidades, merecimentos e serviços que concorrem na pessoa do Visconde de Anadia: hei por bem nomeá-lo ministro e secretario de estado dos negócios da marinha e domínios ultramarinos. O concelho ultramarino o tenha assim entendido. Palácio de Queluz, em 6 de Janeiro de 1801. Com a rubrica do príncipe nosso senhor”.
A preparação da esquadra para transportar a Família Real para o Brasil, em finais de 1807, foi guarnecida de uma forma célere por João Rodrigues de Sá. Esta esquadra transportaria os civis e militares, seria constituída por cerca de 30 navios de acordo com os ingleses.
Em 29 de setembro de 1807, o Visconde de Anadia comunicava ao Príncipe Regente estarem prontas para se fazerem de vela, quando ordenado, as naus Afonso de Albuquerque e D. João de Castro, a fragata Urânia e o brigue Voador, que seriam objeto de uma última e pessoal inspeção para que, se lhes faltasse algo, “ser logo tudo providenciado”. O Ministro da Marinha passava a comparecer sempre à Ribeira, providenciando o aprestamento das naus com o pessoal da Intendência, Fazenda e Armada.
No final de novembro de 1807 transferiu-se com a família real para o Brasil, onde foi nomeado Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos.
Em 10 de junho de 1808, o príncipe regente D. João, emitia a partir do Rio de Janeiro, uma declaração de guerra a França.
“Havendo o Imperador dos Franceses invadido meus Estados de Portugal de uma maneira a mais aleivosa, e contra os Tratados subsistentes entre as duas Coroas, principalmente assim sem a menor provocação as suas hostilidades e declaração de guerra contra a minha Coroa, convém à dignidade dela e a Ordem que ocupo entre as Potências declarar semelhantemente a guerra ao referido Imperador, e aos seus vassalos, e portanto ordeno que por mar, e por terra se lhes façam todas as possíveis hostilidades, autorizando o corso, e armamento, aqueles meus vassalos queiram propor-se contra a Nação Francesa, declarando, que todas as tomadas, e presas, qualquer que seja a sua qualidade, serão completamente dos apresadores, sem dedução alguma em benefício da minha Real Fazenda. A Mesa do Desembargo do Paço o tenha assim entendido, e o faça publicar, remetendo este por cópia às Estações competentes, afixando-o por editais. Palácio do Rio de Janeiro em dez de junho de mil oitocentos e oito, com a rubrica do Príncipe Regente Nosso Senhor.”
Como a guerra não poderia ser levada a cabo no território europeu, o alvo português virou-se para as colónias francesas na América. João Rodrigues de Sá e Menezes, no comando da pasta naval, ordenou a conquista de Caiena, capital da Guiana Francesa em 1808, um dos maiores feitos militares de D. João VI. A administração do 1º Conde de Anadia foi caracterizada pela criação do cargo privativo de Almirante-General da Armada e ainda pela transposição, para o Brasil, de algumas repartições navais portuguesas, tais como o Quartel General da Marinha, a Academia Real dos Guardas-Marinha e a Brigada Real de Marinha.
Morreu em dezembro de 1809 e foi sepultado no convento de Santo António, no Rio de Janeiro.
A sua memória permanece no Palácio Anadia, sob a forma de um magnífico quadro assinado por Domenico Pellegrini, na Sala de Baile.
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As Porcelanas entre Meissen e Biscuit – Em primeiro lugar sobre as porcelanas: a porcelana é um produto cerâmico que se diferencia de outras produções cerâmicas pelo seu aspeto vítreo, pela sua capacidade de impermeabilização, pela transparência e resistência. Estas características são conferidas pelos materiais usados na sua produção: caulino, quartzo e feldspato que associados à argila criam a porcelana, quando cozidos a altas temperaturas (cerca de 1.400º C).
Acredita-se que o processo de fabrico da porcelana tenha começado na China entre os séculos VII e X. O nome caulino vem da palavra Kauling, local na China onde se extraía o minério. A porcelana chega à Europa por via dos italianos e da sua exploração das redes de comércio com o Oriente. A palavra porcelana vem do termo porcelana utilizado por Marco Polo (quem não se lembra de Marco Polo?). A expansão ultramarina dos séculos XV e XVI permitiu a disseminação alargada deste produto e a apetência pela sua posse, entre as famílias reais e aristocráticas de toda a Europa.
O seu alto custo e a dificuldade na sua obtenção criaram uma necessidade: o fabrico de porcelana na Europa. No princípio do século XVIII deu-se início às investigações e experiências para fazer porcelana e, na Saxónia, Johann Friedrich Böttger aliou-se a Ehrenfried Walther von Tschirnhaus no que veio a ser uma colaboração de sucesso. Em 1707 a fórmula foi encontrada e em 1708 as primeiras peças são cozidas; a Europa tinha assim as primeiras porcelanas de pasta dura. Em 1710 era construída uma fábrica para este efeito; ficava em Meissen, uma localidade perto de Dresden (atualmente na Alemanha). Ainda hoje a fábrica – Staatliche Porzellan-Manufaktur Meissen GmbH – mantém a sua marca, as duas espadas cruzadas, introduzida em 1722 para distinguir e proteger a sua produção.
O fabrico foi copiado por outras fábricas na Europa, que lhe introduziram os seus interesses próprios: os franceses apostaram na brancura e pureza; os ingleses desenvolveram a mestria e precisão nos acabamentos, fazendo dos objetos em porcelana verdadeiras peças de arte.
Das fábricas os objetos chegaram a todas as grandes casas. Também chegaram ao Palácio dos Condes de Anadia, onde podem ser vistas na coleção que o Palácio alberga.
First of all on porcelain: porcelain is a ceramic product that differs from other ceramic products due to its glassy aspect, its waterproofing capacity, transparency and resistance. These characteristics are conferred by the materials used in its production: kaolin, quartz and feldspar, which associated with clay create porcelain, when cooked at high temperatures (around 1,400º C).
The porcelain manufacturing process is believed to have started in China between the 7th and 10th centuries. The name kaolin comes from the word Kauling, a place in China where the ore was extracted. Porcelain arrives in Europe via the Italians and their exploitation of trade networks with the East. The word porcelain comes from the term porcelain used by Marco Polo (who doesn’t remember Marco Polo?). The overseas expansion of the 15th and 16th centuries allowed the widespread dissemination of this product and the appetite for its possession, among royal and aristocratic families across Europe.
Its high cost and the difficulty in obtaining it created a need: the manufacture of porcelain in Europe. At the beginning of the 18th century, research and experiments were started to make porcelain and, in Saxony, Johann Friedrich Böttger joined with Ehrenfried Walther von Tschirnhaus in what became a successful collaboration. In 1707 the formula was found and in 1708 the first pieces were cooked; Europe thus had the first hard-paste porcelain. In 1710 a factory was built for this purpose; was in Meissen, a town near Dresden (currently in Germany). Even today, the factory – Staatliche Porzellan-Manufaktur Meissen GmbH – maintains its brand, the two crossed swords, introduced in 1722 to distinguish and protect its production.
The manufacture was copied by other factories in Europe, which introduced their own interests: the French bet on whiteness and purity; the English developed mastery and precision in finishing, making porcelain objects true pieces of art.
From the factories the objects reached all the big houses. They also arrived at the Palace of the Counts of Anadia, where they can be seen in the collection that the Palace houses.
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Na região de Viseu pode visitar, ainda antes do Inverno entrar, os jardins históricos do Palácio dos Condes de Anadia. Aqui, o jardim encontra-se disperso e afastado da casa, comum na região do Dão, onde os jardins muitas vezes localizam-se junto de fontes e nascentes, ligando-se à casa por alamedas e carreiras de buxo, proporcionando um espaço de passeio e de percurso recreativo. Este espaço é valorizado por alguns elementos que
lhe são introduzidos: quer elementos construídos como por exemplo o pombal ou as fontes com os seus lagos, quer elementos vegetais como por exemplo as sebes de buxo. Enquadrado num esquema de jardim produtivo, a vinha é trabalhada no Palácio Anadia desde o século XVIII, como se pode ver nos azulejos que existem no edifício principal. A área de vinha conta cerca de 10 ha e inclui ainda algumas videiras centenárias, estando localizada a 500 metros de altitude. Na vinha podem encontrar castas de branco que melhor se adaptam à região: Encruzado, Uva Cão e Gouveio; e também as tintas mais importantes da região: Touriga Nacional, Alfrocheiro e Jaen. A vinha foi segmentada, plantada em talhões por castas para selecionar o que pretende, num processo de reinterpretação de castas em que se aposta forte num branco de Touriga Nacional, um pouco diferente, mais irreverente, a partir de uma casta tradicional.
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A “Touriga reinterpretada” é o título de uma reportagem sobre o vinho Conde de Anadia,
publicada na Revista de Vinhos, na sua edição de novembro de 2020.
A mais prestigiada revista de vinhos em Portugal, dedica neste número e no âmbito de uma
atenção espacial ao Dão, a sua atenção ao vinho Conde de Anadia, produzido no Palácio dos
Conde de Anadia em Mangualde.
Um pouco diferente, mais irreverente e a partir de uma casta tradicional são os traços de
identidade deste Blanc de Noirs, que pode conhecer e provar no Palácio dos Condes de Anadia.
Descarregue a reportagem aqui.
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